Como tem sido de praxe, o governo protofascista de Jair Bolsonaro nomeou mais um intervencionista em uma universidade federal. Dessa vez na UFRGS, com a indicação de Carlos Bulhões para assumir a Reitoria da instituição, o último colocado na votação realizada junto à comunidade acadêmica.
As consultas eleitorais, como a que Bulhões foi derrotado amplamente, são realizadas no marco legal de distribuição de pesos diferentes para os segmentos acadêmicos na contagem de votos. Docentes computam 70%, enquanto servidores técnico-administrativos e estudantes representam 15% cada. A desigualdade desse sistema já é conhecida e tem sido referenciada nas lutas históricas pela paridade, que ocorrem desde a redemocratização do país. A legislação atual – um entulho da reforma universitária promovida durante o regime militar – permite também que o presidente escolha qualquer Reitor da lista tríplice enviada pelos Conselhos Universitários, à revelia das votações já restritivas que existem atualmente.
Nos somamos à comunidade da UFRGS na denúncia dessa intervenção e pelo respeito ao princípio constitucional da autonomia universitária!
NÃO QUEREMOS BULHÕES! ABAIXO À INVERVENÇÃO BOLSONARISTA NA UFRGS!