Grandes transformações sociais ou revoluções não têm uma data fixa, mas, nesse processo veloz de mudanças intensas, alguns fatos ficam mais marcados do que outros pela sua simbologia.
Se, politicamente, é a instauração da Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de junho de 1789, que demarca a dualidade de poder e, consequentemente, a desobediência do povo ao rei, em 14 de julho é quando o povo mostra sua força ao tomar a velha prisão e dar um sentido concreto a um dos anseios e lema da Grande Revolução: liberdade. Liberdade política e econômica: em 4 de agosto é abolida a servidão feudal e suprimido o dízimo obrigatório. Dia 24 do mesmo mês é aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Mesmo golpeada pelos moderados em 1794 e encerrada pela tomada de poder por Napoleão Bonaparte em 1799, a Revolução Francesa é um marco na história ocidental e deve ser relembrada, revisitada e estudada.
Muitas lições podem ser retiradas desse processo e, a cada momento histórico, novas interpretações desses acontecimentos tomam forma. E, a principal, no contexto político que ora vivemos, é que os tiranos políticos e econômicos – mesmo evocando poderes divinos – não perdurarão. Suas cabeças serão também simbolicamente cortadas e a liberdade que vem sendo negada ao povo lhe será restituída. Por suas próprias mãos!
