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231 anos da Queda da Bastilha

Grandes transformações sociais ou revoluções não têm uma data fixa, mas, nesse processo veloz de mudanças intensas, alguns fatos ficam mais marcados do que outros pela sua simbologia.

Se, politicamente, é a instauração da Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de junho de 1789, que demarca a dualidade de poder e, consequentemente, a desobediência do povo ao rei, em 14 de julho é quando o povo mostra sua força ao tomar a velha prisão e dar um sentido concreto a um dos anseios e lema da Grande Revolução: liberdade. Liberdade política e econômica: em 4 de agosto é abolida a servidão feudal e suprimido o dízimo obrigatório. Dia 24 do mesmo mês é aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Mesmo golpeada pelos moderados em 1794 e encerrada pela tomada de poder por Napoleão Bonaparte em 1799, a Revolução Francesa é um marco na história ocidental e deve ser relembrada, revisitada e estudada.

Muitas lições podem ser retiradas desse processo e, a cada momento histórico, novas interpretações desses acontecimentos tomam forma. E, a principal, no contexto político que ora vivemos, é que os tiranos políticos e econômicos – mesmo evocando poderes divinos – não perdurarão. Suas cabeças serão também simbolicamente cortadas e a liberdade que vem sendo negada ao povo lhe será restituída. Por suas próprias mãos!